_ a hora do ângelus _
enquanto dobram os sinos ...
o templo ressona morno
sob as ladainhas das aves
em piruetas na sobretarde
no sacrário a paz dos Absolutos
e o seu pão de cada dia abrigado
na dispensa sacra- ventre lacrado
enquanto dobram os sinos...
escorrem nos degraus bentos [?]
esqueletos humanos de olhares apodrecidos
o peito da mulher a se esgarçar em sequidão
na boca moribunda e desesperada do menino
deus flana os céus nas trilhas das balas
cortando nuvens entre o vidigal e a rocinha
e o que me resta é este rastro-agonias
este pó erguido... da minha fé exígua
nAnadeabrãomerij
Se este Poema não passasse em vão por todos aqueles que têm "(...) o seu pão de cada dia abrigado/na dispensa sacra-ventre lacrado (...)", teríamos um mundo mais justo e mais fraterno.
ResponderExcluirQue a vergasta deste Poema nos fustigue a consciência!
Abraço
Maria João Oliveira