_ do tempo, as contingências _
alquimia de pedras e incertezas, é sal e vinagrena homilia das horas, a construir-me pelo avessolavratura do tempo, em sua cor ferrugem e acre
milhas de letras dos dias escritas em meu rostoque a vida com sua afiada adaga riscou com calmaenquanto toca suas mãos rudes em meu corpo
a palavra é esta dor, chumbo derretendo-meque atravessa impetuosa a moldura vazada da almae, todas as predestinações acontecendo-me
submissa,levo os dias restantes neste precipíciosem qualquer pegada, sem marcas, sem lastros
o poema que escrevo, jamais terminaa inexorável finitude em cada verso ruminarevel de mim segue seus próprios passos
do tempo nenhuma unidade se apura, é ruptura incessante:- parei de viver o tempo, pratico instantes!
anadeabrãomerij
Querida, este Poema é simplesmente Pleno!
ResponderExcluirLeio, releio e mais quero ler.
Sua, Filipa