_ sozinhez é o ventre do mundo _
[Para o Poeta Álvaro Alves de Faria]
no ossuário da paixão
nasce o poema como argamassa
molhando meus passos como se orvalho soturno
molha as palmas das palavras
molha as pálpebras da escrita
molha-me....
como se chuva ao girassol
da morte da semente
nasce o poema em sua lápide
olhando meus olhos como se um canto funebre
vagarosamente, como quem tem algo nas mãos
e já não tem nada
olha-me...
como se em prece aos lírios findos
queda-me:
-eu cavo, eu rezo, eu fio
no caminho triste do que ainda é talvez
em réquiem, eu fuso:
[- sozinhez é o ventre do mundo!]
nAnadeabrãomerij
Nana, minha querida amiga, sou suspeita para dizer, pq. minha admiração e afeto por vc. vai além das palavras, mas a cada dia mais me surpreendo com a beleza de sua poesia. É um descortinar do mais completo mundo mágico -onde reside o lirismo.
ResponderExcluirBjs, de Valentina